segunda-feira, 29 de agosto de 2011

À terceira é de vez



Esturricado das primeiras duas vezes, hoje acertei. Bolinho de iogurte, coisa mais fácil de fazer e talvez dos bolos mais saudáveis (dentro da gama do "saudável" que um bolo pode ser).

Por falar em "à terceira", aos 2 meses e um dia de vida e ao 3º dia de morar aqui, o Luky sobe e desce todas as escadas da casa como se sempre o tivesse feito e eu acabei de perder o único pretexto que tinha para o pegar ao colo. Raio do cão não tarda está adulto.





S.

sábado, 27 de agosto de 2011

Meet Luky

Após uma semana de angústia e de luto, uma estrela entrou-nos pela casa e pela vida adentro.

Bem-vindo, Luky!





S.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A-fazeres - Livros

Pois bem, esta deve ser a lista mais longa - e mais urgente - daí que ganhe prioridade.


  • Morgadinha dos Canaviais. Ai, Morgadinha, Morgadinha. Nem sei que te diga. Comprei-te há quase 3 meses, quando ainda estava cheia de Londres e de uma vontade imensa de tudo. Ainda ali estás, poisada ao lado da cama, olho para ti todos os dias ao acordar e ao deitar, e ainda não vais nem a meio. Estás bem escrita, irritantemente bem escrita, politicamente correta de bem escrita, toda realistazinha e ainda não decidi se gosto de ti. A tua escrita faz-me lembrar Os Maias, mas a ti, Morgadinha, falta-te a irreverência de um Ega, a pasmaceira de um Eusebiozinho, o escândalo do amor incestuoso mas não intencional de Eduarda e do outro. Vamos lá ver se ainda me consegues surpreender.

  • Jane Eyre tem que se lhe seguir. Histórias com mulheres no papel principal é o que se quer aqui para estes lados. Intervalar livros português-inglês, também.

  • Este ano a FCSH tem um curso de verão intitulado Pioneiras na Construção Europeia, ou coisa que o valha. Quando descobri, o gritinho histérico foi inevitável. Na impossibilidade de o frequentar, vou roubar a bibliografia e lê-la, embevecida, por minha conta. Eu, feminista e europeísta convicta, que nem sabia que havia mulheres envolvidas no caso! Pff, ando a falhar. Cheira-me a novas heroínas...

  • Ler Freud. Ando com uma vontade insidiosa de conhecer a fundo a obra deste senhor provocativo e pioneiro no conhecimento da mente humana. Para poder validar o que já conheço e o que desconfio da mente humana com um "Ah, isso é o teu super-ego a manifestar-se" ou "Hmm, que complexo tão [inserir nome respeitoso] que desenvolveste". Tudo isto aliado ao sarcasmo, claro, mas então um sarcasmo com classe.

  • Tenho um fascínio pela língua francesa que não tive quando fui obrigada a estudá-la no 3º ciclo. Há 2 anos, quando passei um verão a relembrá-la e a preparar-me para um exame, tomei-lhe o gosto. Ler é a melhor maneira de aprender uma língua. Sei-o por experiência própria. Ganha-se vocabulário, mas mais importante que tudo, ganha-se uma consciência da língua semelhante à dos nativos, ao ponto de irmos lá por intuição, sabermos que tal está certo ou errado porque sim, porque soa bem (ou mal). Ora, o único livro em francês que tenho à mão é o Wuthering Heights da Emily Bronte. Um bocadinho acima das minhas capacidades, não, visto ser um clássico da literatura inglesa... Mas como eu sou rapariga cheia de crença no karma, que tudo acontece por uma razão e não sei quê, vou-me lançar de cabeça. Este livro não há-de ter vindo parar às minhas mãos em vão!

  • Aqui há uns tempos comprei um livro em 2ª mão numa daquelas bancas de livros que por vezes se veem por feiras e assim. Fascinada a passar os olhos por aqueles títulos e nomes de autores portugueses que desconhecia mas cujos exemplares de capa dura, vermelha, bem antiga, me inspiram sempre respeito. Acabei por trazer um de um autor que desconheço, mas que por alguma razão me atraiu a curiosidade mais do que os outros. Está na prateleira à espera de ser lido.

Num futuro próximo, acho que é isto. Se conseguir ler todos estes até dezembro, vou-me sentir uma pessoa realizada e sem razões para lamentar falta de tempo. Mas a questão é que não são apenas livros. Ainda existem umas listas de séries, filmes, receitas, etc que disputam o meu tempo livre...




S.
too lazy for photos

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A-fazeres - Geral

Com a tese acabada e sem perspetivas de ano letivo preenchido, está na hora de organizar a minha lista de a-fazeres. Que no fundo se tornam em listas, de temas variados porque os a-fazeres são muitos, e porque assim arranjo palha para um novo conjunto de posts.

Começando com os a-fazeres gerais:


  • Dar vazão à minha lista crescente de livros para ler do goodreads. Agora que já não tenho que ler academicamente, já não há peso na consciência por agarrar num livro não-académico (Jane Eyre inclui-se na lista, bem como acabar a porcaria da Morgadinha dos Canaviais);



  • Ver filmes clássicos do género Casablanca, A Canção de Lisboa, Música no Coração (sim, nunca vi, e sou a única pessoa que conheço que nunca viu. Ao contrário do Avatar, este tenho um bocado de vergonha de admitir);


  • Encontrar e ver uma série que me apaixone como The Tudors ou The Office;

(há um poster mais swoon-worthy, mas é um bocado creepy, este adequa-se melhor)


  • Pendurar umas quantas coisas que estão há mais tempo do que me apetece admitir à espera;

  • Ler livros em francês (o Wuthering Heights veio-me parar às mãos mas temo ser demasiado);



  • Experimentar receitas apontadas no meu livro de receitas há mais de um ano;

  • Continuar a ver Gilmore Girls;

  • Traduzir a minha dissertação;

  • Continuar a ler material académico sobre União Europeia  e Igualdade de Género em busca de um potencial tema de doutoramento.

Claro que, nerdzinha como eu sou, vou-me concentrar nos dois últimos e lamentar infinitamente a minha eterna falta de tempo para os restantes.

De notar a ausência de qualquer ponto relativo a desporto/exercício. É que nem lamentar vale a pena. (I'm a slacker and I know it and I'm not ashamed to admit it.)




S.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Aparentes paradoxos


  • Em Inglaterra não vi nenhum veado, apesar disto
             e de ter estado na terra disto



                         e, no geral, de ser a terra oficial deles.

  • Em Portugal, todos os dias durante 3 anos passei de autocarro perto de uma quinta com veados, à entrada da A21 (!!!, eu sei), e fui correr (2 vezes, para aí, mas contam) a um parque onde os há, em pleno centro da vila aqui do sítio (outro !!!).

  • Em Portugal, o único bolo que me dignava a fazer e a esperar os 30 minutos que demorava no forno, eram scones. 
  • Em Inglaterra, terra de scones por excelência, não comi nenhum. Não vi sequer à venda um que fosse. E eu que bebia tanto chá...

  • As minhas séries preferidas são as britânicas. Americanas, só mesmo em casos extremos de bons actores, argumento, ou aborrecimento.

  • Em Inglaterra, nem uma vi, ainda que as tivesse disponíveis na TV 24/7 (Tudors no PC não conta).

  • Não gosto de poesia, mas Fernando Pessoa fascina-me como nenhum outro escritor.

E pronto, é isto. Não fosse o ser humano cheio de paradoxos e incoerências e o mundo seria uma chatice de tão previsivelzinho.



S.

Verão Chinês

Hoje vi uma loja de chineses fechada para férias.

Ao que o mundo chegou.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

0.o

Hoje descobri que Cambridge em português se escreve/diz Cantabrígia.


...


Depois vi só que era português brasileiro.

Ai Wikipédia, que sustos me pregas.



S.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Today was a good mail-day

Catálogo da (do?) IKEA e cartas que nunca mais vinham e estavam a empatar as minhas candidaturas a mil e uma coisas.


Amanhã lá estarei eu de manhã cedo colada à porta dos correios a enviar a minha carta (registada e urgente e tudo e tudo, porque nestas coisas não há cuidados a mais) para a Comissão, mais conhecida neste blog como o meu futuro empregador. Agora só é preciso é ela colaborar...

Amanhã já serei outra, de candidatura feita e de olhos sonhadores depois de todas as coisas magníficas que me aguardam no catálogo. Que não haja espanto se a hipocrisia abundar e eu gritar 'EU QUERO UMA CASA GRANDE E CHEIA DE ROUPEIROS MARAVILHOSOS'. E me estiver a marimbar para viver numa cidade cheia de mundo à minha volta e não sei quê. É preciso não nos levarmos demasiado a sério (tem sido o meu novo lema de vida).



S.

domingo, 14 de agosto de 2011

Dor, o que é isso?

Não percebo o espanto do 'Ai aquele levou com um cornada do touro que até foi para ao hospital e agora está enfiado na arena outra vez, só pode ser louco.'

Se não houvesse uma boa dose de masoquismo na raça humana, e se a memória da dor não fosse curta, seríamos todos filhos únicos.



S.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dissertação: check?

Prestes a acabar a tese e a menos de um mês de a entregar é tempo do balanço final.

Tenho sentimentos mistos em relação a ela, mas há um que se impõe:

- No final de contas, não doeu nada.

Devia. Devia ter chorado de frustração por as ideias não virem, devia ter stressado, feito diretas, bebido café aos litros, devia ter estado aflita de tempo, devia ter batido com a cabeça na mesa, ter exclamado pelo menos uma vez 'Mas em que raio me fui eu meter!'.

Nada.

É certo que alguns capítulos saíram a ferros. A inspiração por vezes foi menos do que a devida e as entrevistas menos do que as que gostaria de ter feito. Mas as leituras foram mais que muitas, a escrita ultrapassou o limite de palavras (única situação digna de head-desk), a finalização só não acabou mais cedo porque me armei em turista e rumei ao Algarve num fim de semana.

E agora pergunto-me: Já está? Foi isto? Deus meu (universo meu, vá, que religião é coisa que não me assiste), que tipo de nota me vai calhar na rifa....

Toda esta facilidade é de suspeitar. A insegurança agora é mais que muita, porque a confiança é completa. Parece paradoxal mas não é e eu passo a explicar.

Os capítulos que me saíram a ferros e em tardes em que a vontade era perto de nula, com intervalos de frase em frase a consultar facebooks, emails, blogs, só porque sim, foram os que me pareceram melhores em leituras de revisão. Capítulos que ao escrever me pareciam demasiado simplistas, demasiado descritivos, aborrecidos, repetitivos, foram os que mais tarde eu reli e pensei 'Nada mal'. Ou seja, eu não faria de outra maneira, porque não sei, porque não consigo, porque dei o meu melhor. E se dei o meu melhor, as mais não sou obrigada. Completa confiança.

Agora, é o meu melhor o suficiente para chegar 'lá'? E dar o meu melhor não devia ser mais custoso? É que não houve cabeça-na-mesa, nem uma... Houve vontades desesperadas de abandonar o plano e começar tudo de novo, fazer tudo radicalmente diferente, mas foram devaneios de pouca dura.

Espero sinceramente acabar 2011 com uma boa notícia (duas, vá. Ai Comissão, Comissão, atenta ao meu coração!) E que esta insegurança se prove infundada. Porque irá certamente determinar as minhas intenções de seguir doutoramento para já ou só daqui a uns anos. E porque quero a melhor recompensa do investimento emocional, intelectual, financeiro e temporal, meu mas sobretudo de terceiros, do meu mestrado na King's.



S.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Estudantice aguda crónica

O meu cartão de estudante expira no próximo mês.

Acabou-se o euro a menos no bilhete de cinema. E o estudo.

Acabou mesmo? Para sempre? Tenho sérias dúvidas.

Acho que tenho um caso sério de estudice aguda. Temo que seja crónica, até. Ainda não entreguei a dissertação e meu cerebrozinho já anda em maquinações tentando descobrir o que vem a seguir, que curso, que especialização, que língua, que qualificação obter. Setembro vem aí e não há nada académico em vista, pela primeira vez em 17 anos (19 se se incluir a pré-primária). A aflição é grande.

Aflição que nem sequer existia mas que se fez sentir com toda a força agora que a dissertação está escrita. Arestas para limar, referências para pôr e bibliografia gigante para incluir impedem-me de dizer 'já acabei!', mas a verdade é que o grosso do trabalho está feito. Daí que a aflição do setembro sem aulas tenha batido forte e feio.

Nem uma semana sem trabalho académico foi precisa! Caramba, temo mesmo estar doente.

Pode-se ser estudante de profissão? Gostava. Podia frequentar bibliotecas à vontade, fazer disso vida, e aprender que nem uma doida. Hmm. Poder posso, parece é que não é pago.

Entretanto, a minha pesquisa desenfreada por tudo o que é curso vai começar. Confesso que até tenho medo do que vai sair daqui. Habilito-me a levar com mais uma pós-graduação em cima, desta vez sem a pressão da empregabilidade e com a vocação já preenchida. De maneiras que o resultado não vai ser bonito.

Ciências da documentação, estudos das mulheres ou latim, tenho-vos na mira!



Depois não digam que eu não avisei.



S.  

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Porque em vez de estar a escrever a minha dissertação...

Ando nisto.


Palavras de língua inglesa que pela sua sonoridade me fazem rir

- shenanigan
- fishmonger(ing)
- loquacious
- kerfuffle
- snog(ging)
- capricious
- spew
- stew
- gallivanting

...

Acho que devia ter ido para linguística. Ao menos a parvoíce tornava-se útil.



(Contribuições de palavras são bem-vindas. Agrada-me acreditar que não estou só na parvoíce)



S.